quarta-feira, 26 de março de 2008

Photoshop: Propaganda enganosa?




Que o photoshop apareceu para melhorar a qualidade das fotos, disso não se tem a menor dúvida. O problema é quando a manipulação de fotos ultrapassa a barreira da busca pela imagem sem ruídos e sem sujeiras, e as transformam por completo.

Mais do que uma ferramenta para facilitar o trabalho dos fotógrafos, o photoshop se transformou em um criador de mitos. Mulheres e homens aparecem cada vez mais perfeitos nas capas de revistas e em outdoors. Estampam uma beleza invejável, digamos até, impossível de ser alcançada.

O Jornalista Marcelo Idiarte, no Observatório da Imprensa coloca em questão esse assunto e usa como exemplo a Playboy de Juliana Paes. Parece que a atriz e musa da maioria dos brasileiros não gostou de saber que algumas de suas fotos foram a público sem o "tratamento" do photoshop. Revelou-se o segredo que os homens prefeririam não saber, e para delírio das mulheres: A Juliana Paes tem celulite.

Fica o questionamento: Até quando continuaremos nessa busca desesperada pelo rosto e pelo corpo perfeito nas clínicas de cirurgia plástica e academias, se na verdade essa ilusão apenas existe para vender revista?

segunda-feira, 24 de março de 2008

Aos blogueiros de plantão

Steven Klein

Fotógrafo que se preze publica na rede!
Na versão online da FS - Revista da Imagem os fotógrafos blogueiros podem publicar fotos, matérias e mandar sugestões de temas que podem virar notícia.
O Objetivo é que trabalhos importantes de fotógrafos não fiquem escondidos em blogs ou se percam até mesmo sem terem entrado na rede.
Mande suas notícias para o e-mail fotosite@fotosite.com.br
A FS não é pioneira nesta idéia. A revista virtual Ideafixa também compõe suas páginas com publicações de fotógrafos e artistas que enviam seus trabalhos.
O tema deste mês é Desejo.

domingo, 16 de março de 2008

Encare de frente o problema

Fome no Sahel, Sebastião Salgado


Quando o fotógrafo Sebastião Salgado publicou o livro "Fome no Sahel", sobre as vítimas da fome no Sahel, como o título já propõe, muitos devem ter se perguntado como ele teve coragem de registrar aquelas imagens. Mas por que cenas que apresentam a degradação humana provocam tanto repúdio?
Há quem acredite que a fotografia sirva para mostrar coisas as belas, estas que, infelizmente pouco condizem com a realidade.

Os fotojornalistas são facilmente taxados de carniceiros e desumanos por fazerem questão de registrar o sofrimento alheio. No entanto, essa situação existe não porque eles sentem prazer ou pensem apenas nos benefícios que conseguirão com o produto obtido, mas porque entendem que as condições adversas existem, fazem parte da sociedade e são dignas de registro.

Brasil, por Boogie

Fotografias de guerra e que mostram a miséria, por exemplo, antes de provocar embrulho no estômago naqueles que as vêem, deveriam ser reconhecidas pelo fato de que se o problema existe deve ser visto, tornar-se de conhecimento público, para assim serem buscadas as soluções.

Alguns profissionais, porém, fotografam sem nenhum envolvimento social, como afirma o fotógrafo Boogie, em entrevista para o site Lost Art. Para Boogie, fotografar nas ruas é seu modo de vida, seu trabalho e seu hobbie, não é movido pelo pensamento de querer mudar o mundo. Se registra o sofrimento das pessoas nas ruas é porque ele existe e é sua missão documentá-lo.

sábado, 8 de março de 2008

Mulheres no fotojornalismo

"Gandhi" - Margaret Bourke-White

O fotojornalismo que para tantos pode ser considerada como uma atividade típicamente masculina por muitas vezes envolver situações de perigo, não é de hoje, tem se tornado um trabalho tentador também para as mulheres.
Essa profissão tão empolgante não deveria ficar restrita apenas ao universo masculino. O ato de registrar a imagem naquele momento único vai além das amarras do sexo. Para se fazer uma boa foto não basta ter coragem, é preciso antes de tudo, talento, perspicácia e muita paciência. E no quesito paciência as mulheres tiram de letra.

Praça Vermelha, em Moscou - Sisse Brinberg

Por esse e outros motivos, as mulheres têm se embrenhado em número cada vez maior na fotografia jornalística. Prova disso são as 14 fotógrafas que compõem o quadro de profissionais da revista "National Geographic". Mulheres que vão para zonas de guerra registrar situações que fariam tremer de medo e embrulhar o estômago de qualquer homem metido a maçhão.

Apesar de ser o talento independente do sexo, a presença feminina ainda é consideravelmente inferior a masculina nos jornais e revistas. Somente em 1914 foram aceitas mulheres no fotojornalismo, sendo que na maioria das vezes elas são incubidas de cobrir pautas leves, como casamentos, por exemplo. Poucas foram aquelas que tiveram a oportunidade de participar de trabalhos desafiadores e serem reconhecidas por eles. Como exemplos temos as fotógrafas Margaret Bourke-White, Sisse Brinberg, Maria Stenzel, Jodi Cobb, todas da "National Geographic e Margarida Neide, do jornal "A tarde".

Antártica - Maria Stenzel

Ainda hoje existem muitos obstáculos para aquelas que desejam enveredar para a fotografia jornalística - é preciso na maioria da vezes deixar de lado as vaidades femininas para que se possa obter algum respeito no ambiente de trabalho. Mas, acredita-se que o talento e a força de vontade, fatores que realmente importam nessa e em qualquer outra atividade, é que passarão a ser os verdadeiros ditames na escolha do profissional.

Fica a dica!