"Fotógrafo não faz demagogia. Fotógrafo faz fotografia"
Flávio Damm
Difícil encontrar um fotojornalista que não tenha se deparado com o dilema entre capturar uma imagem chocante ou respeitar a dor dos envolvidos. A escolha da primeira opção envolve a busca pelo prestígio no meio profissional que esse tipo de foto pode trazer, a segunda, ultrapassa o profissionalismo, fazendo com que sejam postas em xeque as amarras morais e emocionais do fotógrafo.
Existem muitos profissionais que defendem a teoria de que não cabe ao fotojornalista envolver-se com o assunto fotografado e que o importante é registrar a imagem, seja ela de festividade, velório ou retrate cenas de extrema violência. Capturar ou não determinada imagem, expor ou não indivíduos que estão passando por uma situação difícil são questões que o repórter precisa lidar diariamente na prática da sua profissão.
Assim como para o jornalista, para o qual a ética é uma questão espinhosa e o conceito precisa estar bem amadurecido na hora de elaboração do texto, para o fotojornalista talvez o tema seja ainda mais complexo, uma vez que este trabalha com a imagem, recurso que chama muito mais atenção e fixa com mais eficiência no leitor.
A ética no fotojornalismo é problematizada no longa "Abaixando a máquina. Ética e dor no fotojornalismo carioca", de Guilherme Planel e Renato de Paula, no qual são apresentadas as principais dificuldades encontradas pelos fotojornalistas dos principais jornais do Rio de Janeiro. "Sem a menor intenção de definir o que é ética, o filme apenas levanta a discussão em torno do assunto e deixa que o espectador tire suas próprias conclusões."
ABAIXANDO A MÁQUINA
2 comentários:
É fotojornalismo é mesmo profissão de risco!!
Pois então, é cada vez mais difícil se discutir ética, na mídia então...
Fiquei curiosa pra assistir o filme é um bom tema.
Bju
Bem, beibe. Ética é sempre uma questão a ser discutida. O que mais vemos por aí, é que ela é uma linha tênue que freqüentemente é ultrapassada.
Beijos
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