"Gandhi" - Margaret Bourke-WhiteO fotojornalismo que para tantos pode ser considerada como uma atividade típicamente masculina por muitas vezes envolver situações de perigo, não é de hoje, tem se tornado um trabalho tentador também para as mulheres.
Essa profissão tão empolgante não deveria ficar restrita apenas ao universo masculino. O ato de registrar a imagem naquele momento único vai além das amarras do sexo. Para se fazer uma boa foto não basta ter coragem, é preciso antes de tudo, talento, perspicácia e muita paciência. E no quesito paciência as mulheres tiram de letra.
Praça Vermelha, em Moscou -
Sisse Brinberg Por esse e outros motivos, as mulheres têm se embrenhado em número cada vez maior na fotografia jornalística. Prova disso são as 14 fotógrafas que compõem o quadro de profissionais da revista "National Geographic". Mulheres que vão para zonas de guerra registrar situações que fariam tremer de medo e embrulhar o estômago de qualquer homem metido a maçhão.
Apesar de ser o talento independente do sexo, a presença feminina ainda é consideravelmente inferior a masculina nos jornais e revistas. Somente em 1914 foram aceitas mulheres no fotojornalismo, sendo que na maioria das vezes elas são incubidas de cobrir pautas leves, como casamentos, por exemplo. Poucas foram aquelas que tiveram a oportunidade de participar de trabalhos desafiadores e serem reconhecidas por eles. Como exemplos temos as fotógrafas Margaret Bourke-White, Sisse Brinberg, Maria Stenzel, Jodi Cobb, todas da "National Geographic e Margarida Neide, do jornal "A tarde".
Antártica - Maria Stenzel
Ainda hoje existem muitos obstáculos para aquelas que desejam enveredar para a fotografia jornalística - é preciso na maioria da vezes deixar de lado as vaidades femininas para que se possa obter algum respeito no ambiente de trabalho. Mas, acredita-se que o talento e a força de vontade, fatores que realmente importam nessa e em qualquer outra atividade, é que passarão a ser os verdadeiros ditames na escolha do profissional.
Fica a dica!